Copa do mundo

Pois é, vou falar disso... Mas não exatamente disso. É que estou profundamente emputecida por ter TV a cabo em minha residência E com sinal HD. Eu sei, eu sei, eu que escolhi, tenho vários canais, imagem ótima etc.

Mas foi nessa copa que eu descobri a grande desvantagem de tê-la. Eu explico.

Eu vi os três primeiros jogos da copa na casa de uma amiga, cervejinha e tals. Aí, bem nas quartas de final, resolvi (não por opção) assistir na paz de meu lar. Foi a PIOR coisa que fiz.

Começa o jogo! Coração na boca, suor nas mãos, medo desgraçado, aquela pressão toda e toca pra cá, toca pra lá, Brasil vai pro ataque, começo a rezar, mentalmente pensando: "vai, vai, vai" e, antes que algo aconteça, um bando de vizinho grita: "GOOOOOOOOOOL"!!!! Dali a uns segundos, seis pra ser mais exata pq eu contei, sai o gol aqui...

Caralho! Nunca tinha me dado conta do dalay do sinal digital! Eu não consegui comemorar UM gol sequer! Foi praticamente como se eu estivesse vendo um jogo gravado. Sem a menor emoção... Broxante!

Agora não sei de quem tenho mais raiva: se do delay do sinal digital ou dos vizinhos sem tv a cabo!

Pontualidade é elegante?

Sinceramente não sei! Só sei que eu sou pontual ao extremo. Meu sobrenome inglês (Whately) não nega suas raízes...

Se tem alguma coisa que eu odeie mais que esperar é que fiquem esperando por mim. Fico agoniada, desesperada! Acho que é um problema, sério. Se bem que, pensando bem, eu não sei qual das duas situações me irrita mais. Eu fico realmente emputecida quando me fazem esperar. Acho uma profunda falta de respeito!

Li no twitter: "pontualidade é a qualidade de não disperdiçar o tempo alheio" (anônimo). Puta merda, não poderia ter uma definição mais perfeita no meu ponto de vista! Quem pode se achar no direito de disperdiçar o tempo alheio? Vou soltar uma frase bem clichê, mas que é real: o tempo não volta atrás (eu avisei). Mas não é verdade?

Claro que há os imprevistos, que são totalmente perdoáveis. Trânsito, uma emergência, um acidente etc. Mas tem gente que simplesmente não se importa com o horário. Se, por um lado isso me irrita muito, por outro essas pessoas devem ser menos estressadas que eu.

Continuo sem saber se é elegante ser pontual, mas prefiro ser deselegantemente pontual sempre que possível!

PROCON pra quem?

Antes de começar, quero deixar claro que não sou Caco Antibes. Há várias manias de pobre que eu mesma tenho! Adoro lamber tampinha de iogurte, deixar shampoo de cabeça pra baixo, imprimir nos dois lados da folha A4, passar a ponta da caneta no fogo etc.

Não vejo problema algum nisso.

Maaaas, como sempre há um "porém". Pra tudo tem limite.

Como eu disse antes, eu trabalho com o público. E isso cansa. Cansa muito. Quem trabalha com o público certamente já ouvir a frase: "Vou atrás dos meus direitos". Eles dizem isso como se fosse uma frase de efeito daqueles seriados americanos, daquelas que o personagem vira de costas, solta a frase e sai andando, enquanto o outro fica com cara de paisagem e... "CORTA"!

Não, gente, a vida não é um seriado. E PROCON não vai resolver todos os seus problemas. Não estou dizendo que não serve pra nada, claro que serve. Como eu nunca utilizei desta ferramenta, digitei PROCON no google e achei o seguinte: "...nos início dos anos 90 foi sancionada a Lei 8.078, conhecida como Código de Defesa do Consumidor (...) que foi um grande marco na evolução da defesa do consumidor brasileiro, sendo uma lei de ordem pública e de interesse social".

Pude ver também os objetivos da Instituição que, dentre vários como "recebimento e processamento de reclamações administrativas, individuais e coletivas, contra fornecedores de bens ou serviços", há o PRIMEIRO ítem que, na minha opinião, ainda não aconteceu e talvez seja o mais importante: "EDUCAÇÃO PARA O CONSUMO".

Pois bem, as pessoas ainda não aprenderam a consumir e querem "seus direitos". Na empresa onde eu trabalho, o consumidor deve assinar um contrato, normal, com cláusulas contratuais etc. Aí o indivíduo não lê, assina e depois vai ao PROCON. Devia era ir à merda!

Mesmo caso dos espertinhos que fazem um financiamento em 36 vezes, pagam duas parcelas e entram com uma ação para revisão das parcelas (não sei se é esse o termo). Acho isso o fim da picada! O cara resolve comprar um carro, ele sabe o quanto ele pode gastar por mês, certo? Aí ele compra em 36 vezes de, exemplo, 500 reais. Aí depois de pagar DUAS parcelas ele pede revisão, sendo que nada mudou na sua vida. Ele não perdeu o emprego, não tem nenhum membro da família que adoeceu ou algo parecido, ele simplesmente acha que não está justo o preço das parcelas, sendo que ELE escolheu!!!

Na boa, gente, antes de procurar o PROCON, procurem ser consumidores conscientes, leiam o que estão assinando, procurem orientação ANTES de consumir pra depois não chorar pelo que não pode ser reclamado. Além de não passar vergonha, não vão "consumir" o tempo de quem trabalha lá no PROCON com reclamações inúteis e impertinentes.

Eu sei que sou privilegiada por ter estudo, mas, como diz minha amiga (que eu acho até que já chegou a hora de dizer que este blog é dela tb), "não sabe, deixa"!

Link PROCON: http://www.procon.sp.gov.br/index.asp

Plano Maquiavélico

Hoje, tomando meu café da manhã, vejo no jornal uma notícia: "médicos se reúnem contra o repasse dos convênios". Quase engasguei. Fiquei curiosíssima!

Aí começa a notícia, dizendo que os médicos, muitas vezes insatisfeitos com o que recebem dos planos de saúde, deixam de atender o convênio e que o maior prejudicado, claro, é o paciente. Que fica sem atendimento. Aí aparece um advogado (não me lembro) dizendo que já teve que mudar de pediatra três vezes, pelo fato do médico ter largado o convênio, e que isso seria ruim para o acompanhamento do crescimento de seu filho.

Coitado, né?

É, mas na boa?? Plano de saúde foi a pior merda que já inventaram nesse mundo (permitam-me o exagero). As pessoas vivem reclamando que pagam caro no seu convênio e que cobre pouca coisa e tal.

Por outro lado, os profissionais da área da saúde vivem reclamando (inclusive eu) do pouco que recebem dos convênios.

Agora fica a pergunta: QUEM, DIABOS, GANHA ENTÃO??? Só a PORRA do convênio! Só pode ser!

Desculpem o desabafo, até pq é uma questão que não tem como ser resolvida em curto prazo. Pq é um ciclo vicioso! Temos profissionais da área de saúde cobrando absurdos por um consulta em que não usam nem um esfigmo (aparelho de aferir a pressão), ficam 15 minutos com o paciente na sala. E temos milhões de pessoas que não têm a menor condição de pagar 400 reais numa consulta...

Por isso que me pergunto onde estaria o bom senso. Atualmente vou em um médico que me cobra 50 reais a consulta particular. Ele é o bom senso! Suas consultas duram em torno de 20 minutos, não há nenhum material descartável que seja necessário, portanto, 50 reais eu acho até barato para uma pessoa que estudou anos e anos pra saber o que ele sabe.

Aí eu cobro 100 reais por uma restauração e escuto: "tudo isso só pra botar essa massinha no meu dente?!". Ora, porra, põe você então! O problema não é só o trabalho em si, quanto tempo demora pra fazer, nem o que eu gasto, é SABER fazer.

Certa vez uma pessoa numa comunidade do orkut disse que o valor de um clareamento deveria ser 60 reais, pq ela sabia de uma amiga dela que fazia faculdade de odonto que o material que gasta custa isso. E aí perguntaram qual era a profissão da moça. Ela responde que faz faculdade de desenho industrial.

Não houve outra resposta a não ser: "então, quando fizer um projeto, cobre 3 reais, tá? Um real do papel e dois do lápis!".

Saibam, pessoas que reclamam quando nós da área da saúde largamos um convênio, que recebemos, em média, QUINZE reais por uma consulta. Na boa, eu não passei 6 anos da minha vida estudando e gastanto horrores pra agora ganhar 15 reais a hora... Com isso não pago nem pra fazer as minhas unhas.

Se vocês vissem uma tabela de convênio, vocês jamais deixariam os filhos de vocês fazerem odontologia. Juro!