quarta-feira, 30 de julho de 2014

Tempos antigos

Vivo vendo por aí que bom mesmo eram os anos 80. Que brincar na rua era mais divertido que ter um iPad. Andar de carrinho de rolimã era muito mais legal que Candy Crush. Trocar papel de carta (óinn) era muito melhor que vídeo-game. Será que isso é verdade?

Pois é, a resposta é: DEPENDE. Pra mim, que estou nos 30, ou seja, nascida nos anos 80, COM CERTEZA a resposta é sim! Aquela época a gente fazia coisa muito mais legal do que hoje. Pra uma criança que está agora vivendo sua infância, a resposta é NÃO. E, na boa? Aceitem que dói menos.

É que o mundo, vejam vocês, gira! Ele muda, transforma, evolui. Queira você, goste você, ou não. Eu dou graças aos céus que minha infância foi do jeito que foi, mas não desmereço as coisas de hoje. Sabe como soa pra mim? Parece que estão insatisfeitos com o dia de hoje e vivem relembrando um passado bom.



Ou também pode ser preguiça, né? Estar atualizado dá trabalho!

Ignorar as coisas novas é como viver numa bolha de cacarecos. Com fotos em preto-e-branco e disco de vinil. Que são ótimos, mas né, agora tenho iPod. E o problema não é gostar ou colecionar essas coisas do passado, mas diminuir quem não as conhece ou não as aprecia. Aquele que não evoluiu junto a seu tempo é que está obsoleto, não o contrário!

Vejam: eu mesma curto uma série de coisas da minha infância. Jogo master até hoje! No tabuleiro!! Mas eu acompanhei o ritmo da tecnologia. Tenho tudo que o dinheiro me permitiu comprar de coisas tecnológicas. E gostaria que meus filhos tivessem também (mas não os tenho - os filhos). Tenho pavor de estar "out" hahaha.

Tampouco quero dizer que quem não sabe de TUDO é um ignorante. Não! Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar. De qualquer forma, acho prudente andar conforme a maré nesse quesito. Mas tranquilamente. Antes de bravejar: ahhh, no meu tempo é que era bom. Veja se você já não se tornou um cacareco.

A saudade do tempo antigo não é ruim. Mas, caros, só permanece jovem quem sempre está em movimento!

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Puta que pariu! Pisa no freio, Zé!

Engraçado... fazer 30 dá diferença mesmo! Voltei pra escrever e qual a minha surpresa que meu último texto foi sobre maturidade! Então vou apenas continuar. Esse título define bem o que pensam sobre mim: a pessoa que atropela quem estiver na frente. Passa por cima sem dó. Fala aquilo que quer, sem pensar. Dizem que existem formas e formas de falar e eu sempre escolho a errada... Impressionante!

Acho que já falei, mas repito: as pessoas brandam por sinceridade até conhecerem alguém que a pratica. Não sejam tolos! Ninguém curte a verdade nua e crua. Só na teoria, nos posts do facebook. E não me venham com esse papo de "ah, mas é o jeito que se fala". Tá, tá bom! Mas tem coisa que só tem um jeito de falar, oras! Como que você fala pro seu amigo que ele errou feio? Como você fala que ele tem bafo? Tem coisa que não tem como não magoar... Anyway, ninguém quer ouvir. E, consequência, quase ninguém fala também. E normalmente você fica sabendo de uma coisa sua que incomoda o fulano através do ciclano, é ou não é?! Então...

As pessoas querem sorrisos, festas, abraços. Os mais chegados não se importam de sofrer com você, te apoiam nos piores momentos e tudo o mais. Mas cuidado! Pouquíssissississimas pessoas realmente querem a verdade; e entendam "verdade" como aquilo que EU penso. Ou o que VOCÊ pensa e quer dizer. Digo a verdade de cada um, pois ela não é absoluta, claro.

Enfim, sempre levei a vida com o foda-se no mode ON. Sempre falei aquilo que eu achava que precisava dizer. E fazia as coisas sem me preocupar com o vão pensar. Mas com o tempo fui vendo isso tudo que falei... Que as pessoas não gostam de sinceridade. Que elas se incomodam. Que elas preferem a hipocrisia mesmo.  Não necessariamente a hipocrisia, mas o silêncio (olha eu já tentando falar de uma forma mais branda!). Pois é mais suave, doce, bonito.

Hoje eu ando com o foda-se desligado e tentando não magoar as pessoas. O problema é que isso praticamente me mata um pouquinho quase todos os dias. Mas a vida é uma selva e a gente tem que aprender a sobreviver, né?

Agora fica a minha pergunta: melhor morrer sozinho pelo que disse ou morrer pelo que deixou de dizer? Fico me perguntando o que me faz mais mal. Se é a solidão por ninguém aguentar o que eu digo ou se é estar rodeada de gente, mas me sufocando pelo que não digo.

A virtude está no meio, sem dúvida! E isso que é o mais difícil, podem ter certeza... Mas um dia chego lá! Ah, se chego!!!

O duro de se perceber é: quase ninguém gosta de mim como eu realmente sou. Todos preferiam que eu fosse um tiquinho diferente aqui ou acolá. Triste, né? É. Mas fazer o quê? Ora essa: pisa no freio, Ju!