sábado, 10 de julho de 2010

Por favor, obrigada. Não!

Quando eu era pequena, lembro muito bem da minha mãe dizendo: "como é que se fala, filha?". E eu, aprendendo as leis da educação: "obrigada"! Que belezinha, né? Tão bonitinho ver criança aprendendo e agradecendo um presentinho, oferecendo o biscoitinho que ela não quer que ninguém coma só pq a mãe mandou ou pedindo por favor.

Aí as crianças crescem e esquecem de tudo isso... Feio. Fico a me perguntar se as pessoas esquecem ou nem foram educadas.

Às vezes, no meu trabalho, quando eu peço alguma coisa pras auxiliares e elas voltam com o que eu pedi, eu agradeço e elas até se assustam pq eu agradeci. Como assim? Ninguém agradece só pq é obrigação delas? Ninguém pede por favor só pq é o trabalho delas buscar as coisas pra gente? Cadê a educação? Eu não vou disperdiçar todos os anos que minha mãe se empenhou tentando entranhar essas palavras no meu vocabulário. São palavras simples, mas que fazem uma diferença!

E o engraçado é que ninguém esquece o palavrão aprendido na rua. Não que eu não use palavrão, aliás, uso pra caralho! hehehe. Tem coisas que são insubstituíveis, né? E essas "palavrinhas mágicas", como diria minha mãe, são insubstituíveis e essenciais! Pena que se vão com o passar das primaveras...

Agora, o mais difícil, e que minha mãe não me ensinou, foi aprender a dizer não. Ainda tenho certa dificuldade em dizê-la, mas me esforço sempre. Mas eu sei que é difícil.

E, pensando claramente, dizer não não implica em magoar o outro, mas ser fiel consigo. Afinal, a única pessoa que vai me acompanhar até o final da minha vida sou eu mesma!

Lição de hoje: vamos resgatar os valores simples ensinados na infância. Quanto ao não, vou continuar tentando... Obrigada!

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